quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Feijão na Terra e no Algodão -- 1 semana depois quem nasceu primeiro?


      A nossa experiência com feijões deu um ótimo resultado. E, como já esperávamos, os feijões plantados na terra nasceram primeiro e se desenvolveram melhor. Agora vamos observar se vão crescer iguais aos do João!!!!









segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Hora do Conto -- Uma Joaninha Diferente


Sinopse:
Ela nasceu uma joaninha, mas não tinha bolinhas. Sendo assim, ninguém dava bolas pra ela. Pior, por não a reconhecerem como joaninha, suas "colegas" decidem expulsá-la do jardim... Sim, mesmo inocentes joaninhas, aparentemente tão frágeis, podem ser cruéis, às vezes.
Mas, o que fazer se ela se sentia uma joaninha, mesmo sem as tais bolinhas que todas as outras tinham? Comprar uma capa de bolinhas para se disfarçar, ou sumir de vez do reino das joaninhas?
Ela decidiu ficar por ali mesmo, fingir que não eram para ela aqueles olhares atravessados e a indiferença das colegas; continuar sua vida de joaninha sem bolinhas, sem dar importância ao que as outras joaninhas pensavam ou diziam. O problema é que, ali, reunidas, elas tinham decidido expulsá-la...
O que fazer quando se é o que não aparenta ser? Ou não é o que aparenta ser? Uma joaninha diferente..., de Regina Célia Melo, mostra que uma diferença, por menor que seja, pode ser um peso insuportável, trazer dor e sentimentos de frustração para quem a vive. Como será que nossa joaninha sem bolinhas vai resolver esse impasse? Só lendo para descobrir. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Projeto Mãos na Horta - renovação, colheita e colocação das placas da turma








João e o Pé de feijão

Conto: João e o pé de feijão

Era uma vez um menino chamado João que vivia com sua mãe, uma pobre viúva, numa cabana bem longe da cidade.
Um dia, a mãe de João disse: - Joãozinho, acabou a comida e o dinheiro. Vá até a cidade e venda a nossa vaquinha, o único bem que nos resta.
João foi para a cidade e, no caminho, encontrou um homem que o convenceu a trocar a vaquinha por sementes de feijão. O homem disse:
- Com estas sementes de feijão jamais passarão fome. João acreditou e trouxe as sementes para casa. Quando a mãe de João viu as sementes, ficou furiosa. Jogou tudo pela janela.
Na manhã seguinte, João levantou com muita fome e foi até o quintal. Ficou espantado quando viu uma enorme árvore que ia até o céu. Nem chamou sua mãe. Decidiu subir pelo pé de feijão até chegar à copa.
João ficou maravilhado ao encontrar um castelo nas nuvens e quis vê-lo de perto. De repente, uma mulher enorme surgiu de dentro do castelo e o agarrou: - O que faz aqui, menino? Será o meu escravo. Mas o gigante não pode saber, por isso, vou escondê-lo. Se ele vir você, com certeza vai comê-lo.
O gigante chegou fazendo muito barulho. A mulher havia escondido João num armário. O gigante rugiu:
- Sinto cheiro de criança! E farejou em todos os cantos à procura de uma criança que estivesse escondida ali. A mulher adiantou-se e respondeu para o gigante: - Este cheiro é da comida que irei servir. Sente-se à mesa, meu senhor.
O gigante comeu o saboroso alimento. Depois, ordenou a uma galinha prisioneira que pusesse um ovo de ouro, e a uma harpa que tocasse uma bela melodia. Então, o gigante adormeceu em poucos minutos.
Vendo que a mulher havia se esquecido dele, João saiu do armário e, rapidamente, libertou a galinha e também a harpa. Mas a galinha cacarejou e a harpa fez um som estridente. Por isso, o gigante despertou.
Com a galinha debaixo do braço e a harpa na outra mão, João correu e o gigante foi atrás dele. João chegou primeiro ao tronco do pé de feijão e deslizou pelos ramos. Quando estava quase chegando ao chão, gritou para sua mãe, que o esperava: - Mamãe, vá buscar um machado, tem um gigante atrás de mim!
Com o machado, João cortou o tronco, que caiu com um estrondo. Foi o fim do gigante. E todas as manhãs, a galinha põe ovos de ouro e a harpa toca para João e sua mãe, que viveram felizes para sempre e nunca mais sentiram fome.





quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pintura pré-histórica -- imitando arte rupestre - Pintura com carvão









Arte rupestrepintura rupestre ou ainda gravura rupestre, são termos dados às mais antigas representações artísticas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.
Prospecções arqueológicas realizadas na EuropaÁsia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Neandertal. As "Venus Esteatopígicas", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000 a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa mãeMãe Cósmica ou Mãe-terra.
Não é menos notável o desenvolvimento da pintura na mesma época. Encontradas nos tetos e paredes das escuras grutas, descobertas por acaso, situadas em fundos de cavernas. São pinturas vibrantes realizadas em policromia que causam grande impressão, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante a caçada. Na Caverna de Altamira (a chamada Capela Sistina da Pré-História), na Espanha, a pintura rupestre do bisonte impressiona pelo tamanho e pelo volume conseguido com a técnica claro-escuro. Em outros locais e em outras grutas, pinturas que impressionam pelo realismo. Em algumas, pontos vitais do animal marcados por flechas. Para alguns, "a magia propiciatória" destinada a garantir o êxito do caçador. Para outros estudiosos, era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa, a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Expressão oral com fantoches

Por que o Teatro de Bonecos deve ir à escola?
Durante nossa infância todo nós, educadores, já nos encantamos, de alguma forma, com o Teatro de Bonecos. Talvez tenha sido assistindo às peças satíricas dos Mamulengos, nas cidadezinhas do interior. Talvez tenha sido vendo algum grupo de teatro de rua, em qualquer cidade ou capital do país. Quem sabe, se entretendo com a “Vila Sésamo” ou os “Mupets” nas tarde de TV e pipoca. Ou, ainda, quando, levados pelos nossos pais ou pela escola, mergulhamos, pela primeira vez, no mundo mágico de uma sala de espetáculos, vimos a cortina se descerrar, a sala escurecer e, tomados de algum temor, e de muito encantamento, vimos aquelas criaturinhas mágicas tomarem vida nas mãos dos atores bonequeiros.
Indistintamente, os bonecos se tornaram para nós, quando crianças, uma fonte de imaginação, aventura e prazer e, lembrando-nos dessa maravilhosa sensação, muitos de nós, educadores, também gostaríamos de utilizar os fantoches na nossa prática pedagógica.
Certamente, esse desejo é louvável, e pode trazer ótimos resultados. Afinal, os fantoches fazem sucesso desde que o homem aprendeu a comunicar-se, e desejou encontrar novas maneiras de contar suas histórias, seja para os adultos ou as crianças. Conta-se que os primeiros fantoches foram as nossas próprias mãos quando, ainda na Idade da Pedra, à luz das fogueiras e abrigados nas cavernas, os homens utilizaram as sobras projetadas nas paredes para formar o semblante de animais, para contar histórias (Quem nunca fez esta brincadeira?) Diz-se, também, que esta era uma brincadeira que as mães utilizavam para distrair os filhos. (LADEIRA; CALDAS, 1993, P. 10)
Desde então, os fantoches se espalharam por todo o mundo, tomando as mais variadas formas: teatro de sombras, marionetes, bonecos de vara, bonecos de luva (que “vestimos” nas mãos), brinquedos articulados (como o “Pinóquio”), e tantas outras. No Brasil, a forma mais popular é o “Teatro de Mamulengos”, aliás, palavra que é corruptela do termo “mão molenga”, certamente uma qualidade essencial aos bons bonequeiros que desenvolvem esta arte.
No entanto, a nossa arte popular, nos dias de hoje, muitas vezes é esquecida, e as crianças se acostumaram mais a ver os fantoches da TV (muitas vezes, participando de programas que importamos) do que os nossos Mamulengos; a brincar com super-heróis de plástico do que fabricar seus próprios bonecos; a ver bonecos eletrônicos que se movimentam sozinhos, ao invés de dar vida aos bonecos com as suas próprias mãos. As crianças brincam cada vez mais sozinhas, pouco exercitam a arte de contar histórias umas às outras, e de conviver umas com as outras.
Por todas estas razões, acreditamos que nós, educadores, podemos e devemos trazer os fantoches para as nossas escolas, ruas e lares, utilizando todo o potencial que eles carregam, em seu mundo mágico, para ajudar-nos a promover o desenvolvimento integral dos nossos alunos.
Não importa que nos digam que “é perda de tempo”, “o currículo é muito extenso’, “precisamos dar conta dos conteúdos”, “as crianças precisam estar bem preparadas para o ano seguinte”, “os fantoches vão ajudar pouco”, “você pode alcançar esses mesmos objetivos com outros trabalhos, muito mais rápidos”. Nós ainda acreditamos que os fantoches valem a pena, porque, afinal, fazem parte do imaginário das crianças eternas, e carregam em si possibilidades infinitas de aprendizagem.
Também nos lembramos, sempre, que, para muitas crianças pobres (cercadas pela violência e sem dinheiro para comprar o acesso aos espetáculos culturais) ou ricas (que poderiam ter acesso aos espetáculos, mas vivem cercadas somente pelo videogame, o computador e a TV) talvez aquele fantoche simples que o professor, timidamente, traz à sua sala de aula como um “convidado especial” para contar uma história, seja a única oportunidade que os pequeninos terão de descobrir a magia dos bonecos. Por tanto nós, educadores, seguiremos em frente, porque “o espetáculo não pode parar.”

OS OBJETIVOS: algumas dicas para trabalhar o Teatro de Bonecos na Educação Infantil.
Como já afirmamos anteriormente, acreditamos que os fantoches trazem infinitas possibilidades de aprendizagens, para “crianças” de todas as idades. Agora, no entanto, interessa-nos aprofundar um pouco mais sobre as possibilidades de exploração deste rico recurso junto às crianças da Educação. Para isso vamos, primeiramente, elencar alguns objetivos da Educação Infantil que podem ser alcançados com a ajuda do Teatro de Bonecos, nos diversos eixos de desenvolvimento sugeridos pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), relacionando-os às atividades que podem ser desenvolvidas com as crianças a fim de alcançá-los. Em seguida, vamos sugerir uma metodologia para a construção de fantoches junto com as crianças, usando sucata como material e técnicas muito simples para a confecção.
Resumidamente, podemos dizer que o RCNEI sugere que a organização do trabalho pedagógico na Educação Infantil deverá desenvolver-se sobre dois eixos: a Formação Pessoal e Social e o Conhecimento de Mundo (o qual inclui o Movimento, a Música, as Artes Visuais, a Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e a Matemática).
A Formação Pessoal e Social representa o papel fundamental da Educação Infantil, de auxiliar as crianças pequenas a construírem uma auto-imagem positiva. Afinal, ao proporcionar às crianças um ambiente em que possam se expressar, conhecer melhor as próprias necessidades e aprender a conviver com diferentes pessoas, o educador as estará ajudando a formarem a sua identidade e adquirirem autonomia.
Já o Conhecimento de Mundo representa o papel social da escola de democratizar o acesso aos saberes. Na Educação Infantil, isto significa proporcionar às crianças o acesso aos diversos tipos de linguagens construídos, ao longo da história, pela humanidade: a corporal, a visual, a escrita, a matemática, a musical, etc. Por tanto, o professor de Educação Infantil não se limita a fornecer informações, mas procura meios através dos quais as crianças possam vivenciar experiências concretas e refletir sobre elas, de acordo com as suas capacidades e conhecimentos, apropriando-se de novas linguagens, informações e habilidades.
Vale ressaltar que a Formação Pessoal e Social e o Conhecimento de Mundo estão profundamente interrelacionados pois, à medida que a criança se desenvolve, ela aprende a relacionar-se melhor com o mundo, e assim pode adquirir novas informações, que geram o desenvolvimento de novas habilidades, e assim por diante. A Formação Pessoal e Social e o Conhecimento de Mundo não são coisas diferentes, não vêm uma antes da outra; são, na verdade, dois lados de uma mesma moeda: o desenvolvimento pleno do ser humano.
Aqui nos cabe fazer a pergunta: Como o Teatro de Bonecos pode nos ajudar a alcançar todos esses objetivos junto às crianças? Vamos refletir um pouco sobre o que ele pode representar para cada eixo de desenvolvimento proposto.

FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
O Teatro de Bonecos, assim como todos os outros jogos de dramatização e faz-de-conta, ajudam a criança a construir a sua identidade pois, nestes jogos, ela poderá desempenhar diversos papéis sociais (mãe/filha, pai/filho ,professor, médico, policial, bruxa, fada, etc.) e experimentar diferentes sensações e emoções. Nas mãos da criança, o boneco deixa de ser um objeto e torna-se ALGUÉM, cria vida, tem um papel e uma identidade, os quais ela pode experimentar através do boneco.
Para isto, é preciso que o professor disponibilize fantoches para que as crianças brinquem livremente, inventando suas próprias histórias. Ele também poderá incrementar esta brincadeira disponibilizando roupas/fantasias usadas, máscaras (que podem ser confeccionadas pelas crianças) e material para pintura de rosto. Um punhado de lençóis velhos também é o suficiente para que as crianças possam improvisar empanadas para encenar as peças que inventam livremente; casinhas debaixo das mesas, para “morar” com os fantoches; cenários (zoológico, escolinha, hospital, etc.) para que os personagens se movimentem.
Nessas brincadeiras livres, aparentemente despretensiosas, as crianças poderão expressar seus conflitos, bem como aprenderão a conviver em harmonia, visto que, naturalmente, brincarão em grupo, e terão de combinar entre si as regras da brincadeira, além de contar com o espírito de solidariedade e cooperação.

CONHECIMENTO DE MUNDO
1) MOVIMENTO
Ao brincar com um fantoche, a criança pode aprender muito sobre o domínio que exerce sobre o próprio corpo, conhecendo-o melhor e aprendendo a gostar dele. Afinal, para brincar com o boneco, ele poderá:
Explorar diversas modulações de voz, de acordo com as ações desenvolvidas pelo boneco;
tentará manipular o “corpo” do boneco de acordo com a ação exigida pela brincadeira, bem como a emoção que ela pede (alegria, surpresa, raiva, impaciência, etc.);
passará a observar a próprias movimentação corporal, a fim de reproduzi-la com o boneco;
ao confeccionar o boneco, poderá construir uma imagem global de seu corpo mais apropriada, a fim de reproduzi-la no “corpo” do boneco.

2) MÚSICA
Durante as brincadeiras com os bonecos, as crianças poderão utilizar-se de um repertório conhecido de canções para desenvolver ações tais como “ninar” um boneco, encenar uma “escolinha’ onde a professora canta com as crianças, fazer ruídos e sons que sinalizem um local ou uma situação (trânsito de carros, surgimento de um animal em cena, etc.).
Além disso, diante da possibilidade da turma encenar uma peça com enredo previamente combinado entre as crianças (elas podem fazer pecinhas para as famílias, ou para outra turma... que tal um festival de teatro na escola?), poderão buscar recursos de “sonoplastia”, utilizando objetos para improvisar o som de chuva, trovão, patas de cavalos, campainhas, etc.
Desta forma, estarão utilizando “elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento de mundo” (BRASIL, 1998, p. 55)

3) ARTES VISUAIS
Confeccionar um fantoche pode ser uma grande aventura... Para fazê-lo, a criança experimentará diversos tipos de materiais, tais como tintas, retalhos de tecido, papéis, aviamentos, massa etc. Também terá de trabalhar com a criação de figuras em suporte tridimensional para fazer a cabeça do fantoche, o que propõe diversos desafios: Como modelar ou pintar o rosto? Como fazer o cabelo? E tantos outros... O professor poderá auxiliar as crianças a superar estes desafios, mas deve sempre lembrar-se de que o seu papel é fornecer-lhe idéias e incentivo, acreditando nas capacidades que elas têm, e jamais o de fazer o fantoche pelas crianças.
Só assim a criança poderá construir um fantoche que sente ser uma produção genuinamente SUA, e orgulhar-se do trabalho final. Isto é de extrema importância, pois proporciona à criança a sensação de autoconfiança e a estimula “o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de criação”. (BRASIL, 1998, p. 95)

4) LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
Os fantoches constituem um poderoso estímulo para o desenvolvimento da linguagem nas crianças pequenas, afinal, elas sempre demonstrarão interesse na audição de histórias contadas pelos “amigos” bonecos. Para elas, é fascinante ver que um adulto pode emprestar sua voz e seu corpo para dar vida a um personagem, bem como ter a possibilidade de também assim o fazerem.
O fantoche pode chegar à sala de aula de várias maneiras: escondido, para que as crianças o procurem; adormecido numa confortável caixa, para que elas o acordem... Após a sua chegada, é hora de sentar para ouvir histórias. Elas podem ser narradas, ritmadas, musicadas, gesticuladas pelo fantoche para as crianças que, assim, brinquem com os sons das palavras. Depois da história, a turma pode manter uma animada conversa com o fantoche/contador e, ainda, cada criança pode experimentar falar aos seus colegas usando o fantoche.
Essa é apenas uma breve descrição de algumas possibilidades eu o fantoche traz para o desenvolvimento da linguagem oral das crianças. Desenvolvimento que também está ligado à aquisição da leitura e da escrita, visto que ajuda a criança a entrar em contato com diversos tipos de textos orais, e lhe fornece parâmetros para criar os seus próprios textos, orais e escritos.
A turma pode, por exemplo, ser estimulada a criar e escrever peças teatrais para encenar com os seus fantoches, depois de muito brincar livremente com eles. Cada criança pode ser desafiada a inventar o nome do seu fantoche e escrevê-lo, ainda que de maneira não convencional, além de inúmeras outras possibilidades de atividades que envolvem a leitura e a escrita.

5) NATUREZA E SOCIEDADE
O principal objetivo do trabalho pedagógico com este eixo é permitir à criança explorar o meio ambiente natural e social, de acordo com as suas capacidades, conhecimentos prévios e hipóteses que cria para explicar os fenômenos que observa. Certamente, os fantoches podem ser uma grande ajuda para que ela possa seguir adiante com estas experiências.
Através dos fantoches, o professor pode aproximar as crianças de universos culturais e sociais diversos. Com sensibilidade, criatividade e realizando pesquisas, o educador será capaz de criar peças simples para apresentar aos pequenos algumas histórias sobre os mais diversos mundos.
Lendas do nosso folclore, tão rico nas diferentes regiões do país. Narrativas fantásticas dos vários povos que formaram o nosso povo brasileiro, como: contos de fadas dos europeus que para cá vieram; histórias das tribos africanas que foram trazidas nos navios negreiros; mitos dos indígenas que já viviam por todo este nosso território... e até histórias dos imigrantes, viajando num tapete mágico das mil e uma noites de origem árabe, ou com o fantoche nos ensinando a fazer os origamis que os japoneses trouxeram, dentre tantas outras possibilidades.
Deste modo, o professor estará criando oportunidades para que as crianças percebam o quanto nossa diversidade cultural é rica, e ensinando a respeitar as diferenças e a superar a discriminação. Além disso, as histórias podem envolver também o cuidado com a natureza e o meio ambiente, utilizando personagens inspirados na nossa fauna e flora, e despertando desde cedo a necessidade de preservação.

6) MATEMÁTICA
Ao confeccionar seu fantoche, a criança exercitará diversas habilidades que envolvem o raciocínio lógico-matemático. Ao confeccionar o rosto, por exemplo, utilizará noções de proporção e volume. Assim também o fará quando produzir a roupa, colando retalhos de pano para dar forma ao que deseja. Além disso, ela poderá explorar as caraterísticas de diversos materiais, como, por exemplo, aviamentos, que utilizará para compor os detalhes do acabamento: ela poderá classificar tecidos pela espessura ou cor; contas e miçangas pelo tamanho ou brilho; lã ou papel crepom para fazer o cabelo, de acordo com suas cores, comprimentos e espessuras...
Enfim, podemos ver que os bonecos propõem às crianças diversas situações em que elas poderão “comunicar idéias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida” além de “ter confiança em suas próprias estratégias e na sua capacidade para lidar com situações matemáticas novas, utilizando seus conhecimentos prévios”. (BRASIL, 1998, p. 215).

BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
COSTA, Isabel. A.; BARGANHA, Felipa. O fantoche que ajuda a crescer. Rio Tinto,Portugal: Edições Asa, 1989.
LADEIRA, Idalina; CALDAS, Sarah. Fantoche & cia. São Paulo: Scipione, 1993.
RIOS, Rosana. Brincando com teatro de bonecos. São Paulo: global, 1993.





segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O Sanduíche da Maricota


Em mais uma tarde de integração com as turmas dos 1ºanos da profª Inaidi e profª Gabi, a galerinha ouviu a história do Sanduíche da Maricota e depois de colher alface na nossa horta cada um montou seu sanduíche. Que delícia de tarde!